16.10.09

Maquiagem pesada agride os olhos

Aumento da oleosidade da pele e sensibilidade alérgica fazem com que duas em cada 10 mulheres tenham inflamação recorrente na pálpebra que pode levar a outras complicações oculares
A vaidade da mulher brasileira vai muito bem.

Tanto que em plena crise a ABIHPEC (Associação Brasileira de Indústrias de Higiene Pessoal e Cosméticos) prevê um crescimento de 5% para o setor em 2009.
O problema é que a maquiagem pesada faz com que duas em cada 10 mulheres tenham blefarite (inflamação palpebral) recorrente.

É o que mostra um levantamento feito nos últimos 12 meses pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, com 126 pacientes na faixa etária de 30 a 45 anos. O médico diz que o excesso de maquiagem pode provocar dois tipos de blefarite: a seborréica que corresponde a 70% dos casos e a alérgica que responde por 30%. Na seborréica, explica, o excesso de oleosidade da pele obstrui as glândulas de Meibômio, responsáveis pela produção da camada oleosa da lágrima que controla a evaporação do filme lacrimal. Já a blefarite alérgica inflama estas glândulas. Por isso, ressalta, ambas são acompanhadas da síndrome do olho seco. Os principais sintomas são:- Vermelhidão e inchaço na borda das pálpebras.- Coceira, queimação, olhos vermelhos e irritados.- Visão borrada que melhora com o piscar.- Lacrimejamento excessivo.- Sensibilidade á luz.- Caspa nos cílios.

As maquiagens cremosas que contêm óleo na fórmula devem ser evitadas pelas mulheres que têm pele oleosa, alerta o médico.

Não quer dizer que a aplicação de sombras em pó esteja liberada. Isso porque, ressalta, a boa respiração da pele evita a proliferação de bactérias existentes na flora da pele e superfície ocular, principal causa da blefarite.

Entre os erros mais comuns cometidos por quem tem pele oleosa, ele destaca o uso de cremes inadequados, dormir maquiada e esfregar as pálpebras vigorosamente. Outros fatores que favorecem o aumento da oleosidade, bactérias e alergia são a poluição, tempo seco, doenças auto-imunes e a troca constante de produtos, destaca.

Foto: Getty Images





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